
Segundo informações ele será velado e enterrado na Bahia.
Nascido em 4 de setembro de 1927 em Salvador, BA. Antonio Carlos Peixoto de Magalhães há muito tempo é uma das figuras mais importantes do cenário político brasileiro. Começou sua carreira política em 1954 quando se elegeu deputado estadual na Bahia pela UDN. Daí em diante não parou mais. Foi Deputado Federal, prefeito de Salvador, governador da Bahia, ministro das comunicações e senador da república. A maioria desses cargos por mais de uma vez. Alem de tudo isso ele também foi jornalista esportivo no início da carreira, era formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e foi também presidente da Eletrobrás no governo Geisel.
ACM praticamente dominava a política baiana nos últimos 17 anos. Desde que foi eleito governador em 1980 ele mandava e desmandava no estado. Criou até uma corrente política, o "carlismo". Conseguiu, através de sua enorme influencia, eleger seus sucessores no governo baiano por mais 3 eleições (perdeu apenas nas últimas em 2006) e tem a hegemonia de senadores do estado (todos são de sua base).
Teve algumas quedas ao longo de seu caminho como a denúncia de usar de sua posição como governador para ordenar à policia civil que fizesse escutas telefônicas contra seus inimigos políticos. Uma das maiores crises que atravessou foi quando teve que renunciar ao seu mandato de senador em 2001 por causa do escândalo do painel. Mas avisou: "O carlismo não acabou, eu voltarei!" e cumpriu o que disse, em 2002 se elegeu novamente senador.
Nas últimas eleições sofreu um duro baque quando o seu candidato, Paulo Souto, perdeu em primeiro turno as eleições para o governo da Bahia para o candidato do PT. Mas ele profetizou: "Vocês verão o desatre que será o governo bainao e a volta triunfal do carlismo na Bahia. O Carlismo é uma legenda que não se apaga, queiram ou não os cronistas políticos."
Independente se o momento em que estava era bom ou ruim, ACM sempre esteve em destaque. Pulando de um lado para o outro na política (chegou a apoiar Lula em 2002) sempre teve força. Logicamente a política perde um de seus mais famosos, ilustres e influentes personagens. E a Bahia pode agora sonhar com um tempo novo, sem a influência desse que praticamente dominava tudo por lá.
Apesar de não gostar do seu modo de agir, e achar que a Bahia só tem a ganhar a partir de agora, não posso deixar de ver uma certa verdade em uma de suas célebres frases: "Só duas siglas pegaram nesse país: JK e ACM!"
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